Mogi terá carnaval no próximo ano, bem enxuto, já outros setores da cultura serão maleáveis

Evento de Momo terá um dia de desfile e nos demais, ocorrerá os blocos carnavalescos

Mesmo diante dos problemas financeiros que atravessa a Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes, o próximo ano, no setor de Cultura promete ser bem melhor do que este ano.  Pelo menos essa é a posição após audiência pública com o setor na Câmara Municipal, cujo objetivo foi esclarecer alguns problemas que vem ocorrendo neste setor.  A Comissão Permanente de Cultura, Esporte e Turismo do Legislativo recebeu na sexta-feira (30), uma equipe da Secretaria Municipal de Cultura, liderada pelo secretário Guilherme Dela Plata para prestação de contas. O evento aconteceu no auditório Tufi Elias Andery no prédio do legislativo, mediada pelo presidente do colegiado parlamentar, o vereador Milton Lins da Silva (PSD), o Bi Gêmeos (PSD).

Na ocasião, o chefe da pasta contou que o orçamento em 2024 foi estimado em R$ 10,5 milhões. Para 2025, estão previstos R$ 15,9 milhões, sendo R$ 10,7 milhões do tesouro, R$ 3,6 milhões do PNAB (Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura) e R$ 1,5 milhão de emenda parlamentar para o Ciarte (Centro de Cidadania e Arte). Também prestigiaram o encontro os vereadores Eduardo Ota (Pode) e Marcos Furlan (Pode), que pertencem à Comissão, além dos parlamentares Tonhão de Jundiapeba (PL) e Inês Paz (PSOL).

Descentralização das ações

A vereadora Inês Paz (PSOL), que participou da audiência, questionou sobre ampliar as atividades. "A descentralização é sempre muito pontual na questão da Cultura em nosso município. Não podemos ampliar isso? Seria interessante criarmos um Plano Municipal da Cultura já descentralizado na maior parte de suas ações". O secretário da pasta, disse que muitas das ações já estão em andamento. "Estamos incentivando de forma mais ampla e contínua uma pontuação extra para os artistas que executam apresentações em locais descentralizados. Isso no caso dos recursos financeiros que são diretos da nossa massa", explicou.

Inês ainda questionou sobre a abertura dos museus aos finais de semana.  "Todos os museus têm horários diferenciados aos finais de semana, das 9 às 13 horas no sábado. Aliás, inclusive, o museu Taro Konno, que fica no interior do Parque Centenário, abri até aos domingos", completou.

Outro parlamentar que participou da audiência foi Marcos Paulo Tavares Furlan (Podemos), o Marcos Furlan que também questionou sobre alguns temas, entre eles, a suspensão das atividades esportivas no CAED (Centro de Artes, Esportes e Desenvolvimento) de César de Souza e a parceria do CAED com o esporte.  “Tivemos um problema de segurança com um professor de boxe. Indivíduos ameaçaram as pessoas ali. Mas, depois de conversas com o pessoal do esporte, percebemos que a violência foi um gesto isolado. Assim, voltamos aos escritórios do CAED, tanto de Cultura como de Esporte”, disse.

Já o vereador Eduardo Hiroshi Ota (Podemos), o Professor Ota também fez perguntas sobre a unidade. Ele relatou que está faltando ar-condicionado no CAED, onde tiraram o ringue. "O anel foi retirado porque funcionavam espaços de dança e ele estava danificando o piso. Vamos visitar o local nesta semana com a equipe de manutenção para verificar as questões estruturais", disse.

Furlan lembrou que a realização das audiências de prestação de contas da Cultura e do Esporte surgiu por iniciativa dele. "Está vendo como são importantes as audiências de Esporte e Cultura? Esta lei foi proposta por este vereador. Porque chegou para mim que as atividades esportivas não mais aconteceram no local. Hoje, graças a esta audiência, tudo foi esclarecido", salientou.

Carnaval:

Sobre o carnaval de 2026, o vereador Bi Gêmeos questionou se os desfiles carnavalescos serão retomados. De acordo com o secretário Dela Plata, há intenção de dar espaço para as escolas de samba mogianas, mas com uma estrutura mais enxuta. “A prefeita quer retomar, mas existem dificuldades financeiras, isso, já discutimos muito com os envolvidos, agora, vamos ter o desfile na avenida, mas sem arquibancadas e sem aquele formato caro. Estamos dialogando com as escolas, blocos e associações para atrair uma estrutura mais enxuta, com palco, iluminação e som. A intenção é que em um dos dias aconteçam os desfiles, já nos demais dias, ocorram os blocos carnavalescos”, concluiu Dela Plata.