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Sem controle, São Paulo registra 98% no número de mortes praticados por policiais militares

Governador Tarcísio de Freitas e o secretário Guilherme Derrite durante solenidade na Rota.

Sem controle, São Paulo registra 98% no número de mortes praticados por policiais militares
Sem controle, São Paulo registra 98% no número de mortes praticados por policiais militares (Foto: Reprodução)

Os números de mortes cometidas por policiais militares no Estado de São Paulo deram sinais de alerta por causa do aumento excessivo, se comparado aos dois primeiros anos do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) com o último ano da gestão anterior. A situação, que é vista como fora do controle, começa a chamar a atenção por causa dos abusos e do despreparo de alguns agentes da segurança que fizeram subir o aumento de mortes praticadas por PMs no estado.


De acordo com dados do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público (Gaesp-MP), isso inclui as mortes cometidas por policiais militares em serviço ou de folga. Nos períodos de janeiro a novembro de 2022, ainda no governo anterior, foram compiladas 355 ocorrências, já no mesmo período em 2024, no segundo ano do comandante da Segurança Pública no Estado, o secretário Guilherme Derrite, os dados foram de 702 mortes por ação da Polícia Militar (PM).


Para se ter uma ideia, só em 2023, primeiro ano da gestão Tarcísio e Derrite, ocorreram 406 mortes entre janeiro e novembro, aumento de 73% em comparação com este ano. Os números ficam mais estarrecedores quando a comparação é de 2022, na ocasião com 233 mortes praticadas por policiais e a de 2024, quando nesse mesmo período registra 600 pessoas mortas, num total de 157% de aumento.


Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), informou que houve redução nos anos de 2023 e 2024 em 32,2% nas mortes em decorrência de intervenção policial, se comparado aos dois primeiros anos da gestão anterior (2019 e 2020). Também disse que todos os casos desta natureza são rigorosamente investigados pelas polícias Civil e Militar, com acompanhamento das corregedorias, Ministério Público e Poder Judiciário. “A pasta mantém suas corregedorias bem estruturadas e atuantes para registrar e apurar qualquer desvio de conduta, aplicando as devidas punições aos agentes. Desde o início do ano passado, mais de 280 policiais foram demitidos e expulsos, enquanto um total de 414 agentes foram presos, mostrando o compromisso da SSP em não compactuar com os profissionais que violam as regras das suas respectivas instituições, cuja função primordial é a de proteger e zelar pela segurança da população”.


Na Alesp:

Os deputados estaduais da oposição na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), articulam a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar a violência de policiais de São Paulo. A deputada Paula Nunes (Psol), a Paula da Bancada Feminista, é quem vem liderando a criação desta comissão. Ela vem pedindo votos aos colegas a fim de angariar 32 assinaturas entre os deputados para abertura da CPI.


Conforme relatado por alguns veículos de imprensa, tanto Tarcísio como Derrite, já tomaram medidas concretas para enfrentar a crise na segurança pública, incluindo promessas de mudanças nas instruções aos agentes da Polícia Militar (PM) e a prisão do responsável pelo caso de maior repercussão — o homem atirado do alto de uma ponte na madrugada da última segunda-feira, dia 2 de dezembro.

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